Glaucoma
Muitas vezes ouvimos falar de glaucoma mas associamos este termo a olhos doentes, que não enxergam e que sentem dor. E isso realmente é a conclusão mais natural, afinal é uma doença em que há aumento da pressão de dentro do olho, logo isso deve doer.
Mas não é tão simples, há diferentes formas de glaucoma e algumas levam à tanta dor que a pessoa precisa ser hospitalizada porque a pressão do olho sobe a cinco vezes além do normal. Infelizmente a forma mais comum de glaucoma é justamente a que não dói e a que mais deixa as pessoas cegas apenas por falta de tratamento e cuidado. A evolução do glaucoma nestes casos é muito lenta e ocorre a partir da periferia, que é uma parte da visão que não é muito precisa, e o paciente só percebe que a visão foi afetada tarde demais.
Neste tipo de glaucoma a pressão constantemente aumentada leva a compressão de fibras nervosas de dentro do olho, além de diminuir a circulação de sangue nestes locais. Isso faz com que a pessoa afetada comece a perder partes periféricas do campo visual. Em estágios finais da doença a pessoa acaba enxergando o mundo por uma espécie de túnel estreito.
A boa notícia é que a doença pode ser controlada. Existem muitos colírios que podem agir para abaixar a pressão do olho em vários tipos de pessoas. É importante saber que os colírios têm que ser usados sempre para manter a pressão constante. Muitas pessoas podem só usar colírios e nem precisam passar por cirurgia anti-glaucomatosa. Não tem como sentir o glaucoma, portanto a única maneira de saber se temos glaucoma é fazer exames completos no oftalmologista. É sempre bom saber se na família alguém teve casos de cegueira, e, caso positivo, informar ao oftalmologista. Como a doença é lenta, após os 40 anos é importante sempre medir a pressão do olho anualmente. Com isso a doença é detectada de forma precoce e a visão consegue ser mantida por muitas e muitas décadas.
Fonte: Sentir Bem